"Ele nunca tinha ouvido um não e não aceitou quando a namorada o rejeitou... uma fatalidade!"
"Não tínhamos a mínima ideia dos conflitos que ela estava vivendo. Um dia chegamos em casa e o pior tinha acontecido..."
Novela??? Não! Acontecimentos da vida real e cada vez mais frequentes na rotina dos adolescentes e jovens da atualidade.
Olá, bem-vindos ao Blog "Ideias da Tia Jê"... para quem não me conhece sou Jemima (Tia Jê), atualmente Coordenadora de Desenvolvimento Humano no Kairós Educacional.
Sou professora há 22 anos, especializada em desenvolvimento infantil, tecnóloga também, com foco em Desenvolvimento Humano e Gestão de Pessoas e atualmente estou me aperfeiçoando em neuropsicologia.
Há 5 anos, iniciei minha carreira com adultos, ministrava palestras motivacionais, aplicava técnicas de desenvolvimento para equipes operacionais e de liderança, desenvolvia procedimentos para "enquadrar" as pessoas dentro das empresas... e foi nesta época que comecei a perceber que os funcionários "problemáticos" tinham algo em comum: um histórico de déficit na infância. De igual modo, os que se destacavam e era bem-sucedidos tinham em comum uma infância bem estruturada emocionalmente.
Ficou claro pra mim que se não cuidássemos das crianças de hoje, teríamos adultos fracassados no amanhã!
- Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.
- O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
... e pensar que na grande maioria das vezes isso poderia ter sido evitado pelos próprios pais, com uma educação mais regrada, atenção ao equilíbrio emocional e com os limites necessários.
Ficou claro pra mim que se não cuidássemos das crianças de hoje, teríamos adultos fracassados no amanhã!
Crescimento constante: taxa de suicídio entre jovens e adolescentes sobe 10% a cada ano.
Resultado de uma geração que manda nos pais ("contrariar pode traumatizar"), usa chupeta e dorme na cama dos pais até o dia que quiser ("mimar não tem problema nenhum"), sai das fraldas quando "estiver preparado" ("temos que respeitar a vontade dele"), possui dificuldades de fala e comunicação ("mas sabe gritar e fazer birras"), toma banho, dorme e come a hora que quiser ("tem vontade própria") ...
... o desenvolvimento cognitivo pode ser péssimo, mas domina o celular de uma forma extraordinária!
... Eles não serão médicos, dentistas, professores... eles já são "blogueirinhos".
... Jogos de tabuleiro??? Livros??? Hora da história??? Refeições sentados à mesa com a família??? Parque de diversões??? Somente se for para fazer muitas fotos para as redes sociais!
Eles são imediatistas! Não aceitam não! Não respeitam os mais velhos! Não sabem esperar! Não obedecem as regras!
Culpa deles?
Ou nossa?
Quantos minutos do nosso dia dedicamos para conversar e ler para os nossos filhos?
Quanto tempo dedicamos a substituir o celular por um jogo em família?
Qual importância damos a educação escolar, lições de casa, trabalhos em grupo, pesquisas produtivas?
Quanto de atenção dispomos para averiguar situações que necessitam de intervenção de profissionais especializados?
Choro ou birra?
Raiva ou agressividade?
Feliz ou euforia momentânea?
Timidez ou personalidade introspectiva?
Tristeza ou problemas emocionais?
O assunto é mais sério do que podemos imaginar e talvez só iremos dar a devida importância quando o controle não estiver mais em nossas mãos!
O texto é forte! É para lhe causar impacto! Para lhe fazer refletir e pensar que ainda há tempo de mudar de comportamento e dar a devida importância às emoções de seu filho!
Eu quero terminar compartilhando a história da Juliana (meus agradecimentos por me permitir citá-la aqui no blog).
Ela é mãe do Miguel, um autista de 15 anos. Foi aluno numa instituição, a qual eu era coordenadora, dos 10 meses aos 06 anos. Foi aos 02 anos que "desconfiamos" que algo não era comum.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Miguel faz acompanhamento comigo. Neste 01 ano e 06 meses tivemos bons e maus momentos! Um trabalho intenso! Nas questões pedagógicas? Não! Nas questões emocionais!
Mas, na semana passada falávamos sobre as metas alcançadas para este ano e nos emocionamos ao perceber o quanto o Miguel evoluiu neste período.
O mérito?
Vou deixar que tirem suas próprias conclusões!
Vou deixar aqui o link de um outro texto, aqui do blog: "Como estamos cuidando da saúde mental das nossas crianças" e "Quanto custa um incompetente". Ambos tem muito a ver com este assunto.
"Vocês serão responsáveis pelo adulto que seus filhos serão no futuro, isso te assusta ou te conforta?"
Deus abençoe,
Tia Jê!
Nenhum comentário:
Postar um comentário